Hoje a idade dos noivos em média é por volta dos 30 anos. Assim é comum casarmos com patrimônio já constituído ou em processo de construção. Nesse meio tempo, nós nos apaixonamos e como frutos da sociedade patriarcal em que vivemos, nos pegamos no seguinte dilema: será que devo falar sobre os meus bens? Será que ele vai achar que não o amo?
Em primeiro lugar te convido a olhar para as crenças que estão por trás dessas dúvidas.
O que nos foi ensinado sobre o amor?
Será mesmo que precisa ser um amor cego, que não nos dê a oportunidade de olhar para questões práticas essenciais?
Olhar para os bens, para os acordos referentes a dinheiro não nos tornam menos amorosas, menos apaixonadas, nos tornam pessoas reais que estão olhando para o futuro juntos. Essas conversas são a base para que vocês possam traçar como será o futuro após o casamento.
Você já parou pra pensar, que esse é o melhor momento para tratarmos de temas sensíveis como o dinheiro?
Afinal é um momento onde vocês se amam, se respeitam, se admiram e pretendem dividir uma vida. É necessário tratar de temas essenciais como o dinheiro, cuidado com os filhos que virão, trabalhos domésticos entre tantos outros detalhes práticos.
Você pode até achar que pode deixar para depois, mas fato é que a falta de discussões amplas sobre questões do dia a dia, como quem vai lavar a louça ou vai se responsabilizar por levar os filhos à escola, nos mantem no lugar da sobrecarga feminina. Precisamos quebrar esse ciclo e olhar para esse companheiro.
Será que ele vai dividir a vida comigo de maneira ampla e irrestrita ou será que estou me casando para ter dupla ou tripla jornada?
Assim, em primeiro lugar como mulher, em segundo lugar como advogada de causas femininas, eu te deixo um conselho, quase um pedido, conversem, façam combinados e registrem um pacto pré-nupcial tratando dos detalhes do bens que vocês já tem ou que estejam pagando. Essa atitude vai proteger seus bens e proteger vocês de desgastes futuros.
Sigamos juntas!
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