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As dificuldades da mulher moderna

Atualizado: 4 de mai. de 2021


Quando olhamos para trás, de fato, é possível visualizarmos nosso crescimento. O crescimento da mulher no mercado de trabalho. Assim, muito temos para comemorar. Contudo, não podemos fantasiar que os nossos problemas acabaram. Sim, a questão de gênero existe e deve ser enfrentada diariamente por todas nós.

Quando aprofundamos os estudos nas questões de desigualdade de gênero, tema latente, é a diferença salarial existente entre homens e mulheres, e as respostas para a causa do problema apontam em uma direção, a MATERNIDADE.

Buscando respaldo nas pesquisas, os resultados mostram que a diferença salarial se acentua entre mulheres que ocupam a faixa dos 40 anos. Seguindo em direção aos motivos para tal questão, nos deparamos uma vez mais com os FILHOS.

É possível ainda, identificar nos resultados das pesquisas, que em mulheres nessa faixa etária, há uma diminuição da jornada média de trabalho remunerado. Vejam, redução de jornada referente a trabalho remunerado.

Nesse passo, indica-se também que o rendimento de mulheres que não tem filhos é 35% (trinta e cinco por cento) superior ao rendimento daquelas que os possuem.

Desta forna, já podemos concluir que maternar é caro. Paga-se um preço alto por esta opção. A carreira fica em segundo plano, uma vez que a rede de apoio é frágil e por vezes inexistente.

A mulher tem seu salário diminuído pelo simples fato de um dia poder engravidar, por ter que dividir seu tempo entre as questões pertinentes a vida doméstica e sua vida profissional ou seja, a mulher tem menos tempo livre.


Quando do retorno da licença maternidade, as que não são demitidas, são desacreditadas, são colocadas de lado, porque possivelmente agora não estão mais disponíveis como antes. O que não ocorre com seus companheiros. Aquelas que dão desligadas, ou por falta de opção, falta de estrutura estatal, são obrigadas a abandonar seus postos para proverem o cuidado que seus filhos necessitam, enfrentam o preconceito e a baixa salarial quando buscam a reinserção no mercado de trabalho.

Todos esses fatores são o pano de fundo do resultado das pesquisas a que me referi inicialmente. A sobrecarga da mulher no quesito filhos e vida doméstica dificulta a evolução da mulher nos ambientes profissionais, além de impedir que ela desfrute de uma vida saudável e tenha acesso a ocupar diversos espaços sociais.

A exploração da mulher frente aos trabalhos não remunerados faz com que estas sejam mantidas longe dos cargos de liderança. Mantendo-se assim a dominação de gênero. Diante de um divórcio, essa mulher que tanto se dedicou e produziu todo pano de fundo para a construção do patrimônio de seu companheiro, é reduzida a genitora e ele como genitor é responsável por uma pensão alimentícia destinada aos filhos menores na proporção de 30% de seus rendimentos. Uma vez mais, lhes digo, essa conta não fecha!

A mesma mulher que ganha em média 25% menos que o homem, que tem menos tempo disponível para se dedicar a carreira, fica com a sobrecarga mental e financeira. Assim, precisamos mudar essa realidade.

Você executivo que contrata, já perguntou a uma mulher se ela tem filhos? Quem cuidaria desses filhos caso adoecessem? Você faz essa mesma pergunta a um homem?

Você que não está em posição de realizar contratações, mas faz parte de um núcleo familiar, já se deu conta que você é responsável por metade dos afazeres domésticos? E se você ainda não se deu conta desse fato, já pensou que a sua parte do trabalho está sendo executada por outra pessoa que está sobrecacrregada e que isso está prejudicando diretamente a vida dela?

Questões simples que podem nos ajudar a caminhar na direção de um mundo mais igualitário. Porém, políticas públicas são urgentes e mais do que necessárias para a resolução dessa questão estão fora da pauta de discussão ou muito aquém de nossa urgência. Precisamos pensar nisso!

Sigamos juntas por um mundo mais igualitário.





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